A RESPOSTA DOS VERMES
O homem é o labirinto que o mistério
Penetrou e resolveu edificar guarida;
O brando som de ástreo e bom saltério,
Vindo de uma região por nós sempre fugida.
Em olhar para si nota um quê funéreo;
Sua própria pessoa lhe é desconhecida:
“- Serei o cigarro para um cemitério,
Ou - quem sabe! - o marasmo de uma outra vida?!”
Esquiva de si mesma, “- o que eu sou?!”
Brada a sua alma em dor, apavorada...
E qual rosa que o próprio vento derrubou
A alguns palmos de areia vê-se jogada...
Só trevas! Apagaram-se as luzes, soou
A resposta dos germes na fria terra: “- És nada!”
O homem é o labirinto que o mistério
Penetrou e resolveu edificar guarida;
O brando som de ástreo e bom saltério,
Vindo de uma região por nós sempre fugida.
Em olhar para si nota um quê funéreo;
Sua própria pessoa lhe é desconhecida:
“- Serei o cigarro para um cemitério,
Ou - quem sabe! - o marasmo de uma outra vida?!”
Esquiva de si mesma, “- o que eu sou?!”
Brada a sua alma em dor, apavorada...
E qual rosa que o próprio vento derrubou
A alguns palmos de areia vê-se jogada...
Só trevas! Apagaram-se as luzes, soou
A resposta dos germes na fria terra: “- És nada!”