SONETO DO ARREPENDIMENTO
Lamento o me fitares sem a antiga
Ternura com que m’o fazias antes
De serem teus ciúmes tão constantes,
E tu, mais amada que amiga...
Soubesse eu ontem que só intriga
Cupido guarda aos corações amantes,
E não haveríamos de chorar gigantes
Imposições a que o amor obriga:
Tu serias hoje a mais divina tela
Da natureza e da simplicidade
Que foste... - e muito mais bela.
E eu, livre o amor que me invade,
Seria outra vez feliz com aquela
Ilusão de ir além da amizade!
Lamento o me fitares sem a antiga
Ternura com que m’o fazias antes
De serem teus ciúmes tão constantes,
E tu, mais amada que amiga...
Soubesse eu ontem que só intriga
Cupido guarda aos corações amantes,
E não haveríamos de chorar gigantes
Imposições a que o amor obriga:
Tu serias hoje a mais divina tela
Da natureza e da simplicidade
Que foste... - e muito mais bela.
E eu, livre o amor que me invade,
Seria outra vez feliz com aquela
Ilusão de ir além da amizade!