SONETO PARA UM CONQUISTADOR INVETERADO
Cala essa boca, mentiroso duma
Figa, que de lorota em lorota
De amor vais traçando tua rota
Pelo coração ingênuo de alguma
Sempre nova conquista... Essa garota
Que vês abandonada, curtindo uma
De fossa sem medida, não é nenhuma
Leviana de feição assaz marota,
Nem tampouco busca em ti sua verdade;
Ela é alguém que só busca, deveras,
Morrer... Alguém que, resignado, há-de
Eterno viver, ao decorrer das eras,
Mergulhado entre rios de quimeras,
Afogado entre mares de saudade!
Cala essa boca, mentiroso duma
Figa, que de lorota em lorota
De amor vais traçando tua rota
Pelo coração ingênuo de alguma
Sempre nova conquista... Essa garota
Que vês abandonada, curtindo uma
De fossa sem medida, não é nenhuma
Leviana de feição assaz marota,
Nem tampouco busca em ti sua verdade;
Ela é alguém que só busca, deveras,
Morrer... Alguém que, resignado, há-de
Eterno viver, ao decorrer das eras,
Mergulhado entre rios de quimeras,
Afogado entre mares de saudade!