SÓ SEI QUE NADA SEI

Já muito viajei por este mundo a fora,

Conheci religiões, costumes e filosofias,

Quem me diz quem sou eu agora,

Depois de tantas e crentes fidalguias?

Fui no mundo à descoberta sem hora,

Cheio de empenho e galhardias,

Até que joguei a chave e fui-me embora,

Convencido que conhecia as hierarquias.

Não sei de nada, muito tenho a aprender,

Por isso escrevo o que minha alma dita,

Até que por ela eu me possa convencer,

Que já não há no mundo a inocência,

Que trouxe à nossa vida a cruel desdita,

Que nos faz seres e à sua incoerência.

Jorge Humberto

01/02/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 01/02/2007
Código do texto: T366392