Borboletas
p/ minha filha Luciana
Verdes, brancas, vermelhas, amarelas,
A formar um mosaico inebriante,
Pousadas sobre a relva verdejante
Ou pousadas nos vidros das janelas.
Dias primaveris, que manhãs belas!
A embevecer o olhar e num instante
Alçam voo apresadas, voo errante
Fugindo apavoradas todas elas.
Muitos sonhos também são coloridos,
Aos primeiros clarões amanhecidos
De turquesas, grenás e violetas.
Desfazem-se, porém, rapidamente,
Sem motivo ou qualquer azo aparente,
Tal qual esse painel de borboletas.