Paixões
Sempre faltaram-me paixões!
O febril encanto...
Hoje contento-me com voláteis turbilhões,
o finito espanto.
A alegria de aprisionar
num abrir e fechar de olhos,
tudo o que pode ser amar...
Sem ferrolhos!
Sempre faltaram-me paixões!
Coisa de gente louca varrida,
que não aprisiona o coração...
Deixa solto, sem grilhões.
Gente, que na grande corrida
Vence, mesmo tendo perdido a razão...