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O que me consome, consumo e some também
O que me consola, esmola não me faz bem
O que me atola, é lama que não sai, Dalai
O que me atura, não dura, nem fica, nem vai
O que me chateia, passeia numa tarde nublada
O que me incendeia, derruba essa porta fechada
O que me apaga, alaga até pensamento
O que me assola, decola no sopro do vento
O que me persegue, não consegue ficar pra trás
O que me assusta, se nada é um pouco mais
O que me domina, controle não é paz
O que me fascina, repele e tanto faz
O que me consome, não dura, nem fica, nem vai

(Jay Vaquer)


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"Que me importa a estima dos outros se eu tenho a minha? Que me importa a mediocridade do mundo se Eu sou Eu? Que importa o desalento da vida se há a morte? Com tantas riquezas porque sentir-me pobre? E os meus versos e a minha alma, e os meus sonhos, e os montes e as rosas e a canção dos sapos nas ervas húmidas e a minha charneca alentejana e os olivais vestidos de «Gata Borralheira» e o assombro dos crepúsculos e o murmúrio das noites... então isto não é nada? Napoleão de saias, que impérios desejas? Que mundos queres conquistar? Estás, decididamente, atacada de delírio de grandezas!..."
(Florbela)

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"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância." (Pessoa)

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"... sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!..."
(Florbela)

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"Eu não sou boa nem quero sê-lo, contento-me em desprezar quase todos, odiar alguns, estimar raros e amar um." (Florbela)