SONETO A DANIELA

 

Doces tardes que passo a relembrar.

Os carinhos e beijos de uma flor.

Que veio a mim, no fim da estação do calor.

E que até o outono ousou por aqui ficar.

 

Cultivava amigos, odiava a dor.

As vezes madura, As vezes criança a brincar.

As vezes alegre, as vezes triste mas sempre a falar.

E de seu corpo colhi muito mais que amor.

 

Hoje sei que meus sonhos ficaram ao relento.

Porque com certeza não era primavera.

E flor que se preza não brota antes do tempo.

 

Enquanto, desiludido, percebo a vida passar debruçado na minha janela.

Sinto uma nova e fria estação se aproximar com o vento.

E pelo meu jardim ainda procuro, uma flor bela e rara, chamada Daniela.

 
J M Junior
Enviado por J M Junior em 03/05/2012
Código do texto: T3647634
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