MEUS VERSOS

Meus versos ditos não são meus versos

São daqui e de além, onde ninguém os veja

Retratam na sua maioria os meus reversos

E assim está bem e assim espero que seja.

Vão daqui para este e para aquele lugar

Morrem á beira mar se ninguém os trata

E mesmo que eu quisesse deles cuidar

Não saberia como julgá-los, ó gente grata.

São como uma ampulheta de fina areia

Um relógio de corda chamado coração

Uma deusa qualquer ou uma dita sereia

Que deixasse suas pegadas por todo o areal.

Menino, que brincas aí, de bola na mão

Diz-me tu, que tudo isto não é senão irreal.

Jorge Humberto

30/01/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 30/01/2007
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