MEUS VERSOS
Meus versos ditos não são meus versos
São daqui e de além, onde ninguém os veja
Retratam na sua maioria os meus reversos
E assim está bem e assim espero que seja.
Vão daqui para este e para aquele lugar
Morrem á beira mar se ninguém os trata
E mesmo que eu quisesse deles cuidar
Não saberia como julgá-los, ó gente grata.
São como uma ampulheta de fina areia
Um relógio de corda chamado coração
Uma deusa qualquer ou uma dita sereia
Que deixasse suas pegadas por todo o areal.
Menino, que brincas aí, de bola na mão
Diz-me tu, que tudo isto não é senão irreal.
Jorge Humberto
30/01/07