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Insurreição

Floresce um novo canto e sobre o oceano
caminha um ser de luz, assaz intuitivo.
Nascido de um prodígio expira ao desengano
de quem não quer fidúcia e amor emulativo.


Poente sepulcral de triste e vil engano,
melancoliza o tom de violeta vivo.
Mas eis que de repente o corpo arreda o pano
e a chaga posta à mão estende o redivivo.


A fêmea mais parece um avejão arcado,
que ao carvalhal sagrou sua fé incoercível.
Descerra o véu em dor, olhar sobressaltado.


No cimo do pecado, eterno som de hiena
regride e ameaçador pergunta à imarcescível:
- Quem és? Responde o além: - Maria Madalena!



Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Rio de Janeiro, 26 de março de 2012 – 22h22
Fundo musical: Bidu Sayão. Bachiana nº 5. Cantilena.

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 01/04/2012
Reeditado em 12/06/2016
Código do texto: T3588343
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