GONDOLEIRO SOLITÁRIO
Sou remador solitário um gondoleiro
Um operário um servo escravo do amor
Vassalo d'um sentimento tão verdadeiro
Um naufrago à deriva um sonhador
Seus braços são a Veneza que me confortam
E o verde de seus olhos dão me a clareza
Um remador que se aporta em tanta beleza
Dos canais desta Veneza que me transportam
Sou súdito e claramente és prioresa
Sou remador gondoleiro ao seu dispor
A gondola é o coração transborda beleza
Transporto para entregar-te a esperança
Da imensa felicidade de amar-te assim
Atraquei e ancorei-me com segurança.
(Idal Coutinho)