Eu e teu eu
Se não me importa nunca o teu viver cigano,
revolves meu passado, engessas meus caminhos.
Se não me importa nunca o teu viver cigano,
revolves meu passado, engessas meus caminhos.
Se me transmuto em luz, buscando-nos sozinhos,
no meu lazer de paz, provocas-me profano!
Se apaixonada e bela o teu furor engano,
contestas por rugido ao bajular de vinhos.
Se te deleito em som, cobrindo-te de arminhos,
à minha devoção revelas vil insano!
Se não me sei em ti, nem mais me sei sozinha...
Se não me tens em ti, nos teus lençóis não deito;
se não me tens amor, não mais te quero abrigo!
Vulcão em dor-jasmim, tristonho o verso aninha...
Se em sonhos amanhei vestal que chora ao leito,
minha altivez é vã... sou nada... e em ti prossigo!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 11 de novembro de 2008 - 21h44
Cabo Frio, 11 de novembro de 2008 - 21h44
Fundo musical: Como é grande o meu amor por você. Instrumental