Eu e teu eu

Se não me importa nunca o teu viver cigano,
revolves meu passado, engessas meus caminhos.

Se me transmuto em luz, buscando-nos sozinhos,
no meu lazer de paz, provocas-me profano!


Se apaixonada e bela o teu furor engano,
contestas por rugido ao bajular de vinhos.
Se te deleito em som, cobrindo-te de arminhos,
à minha devoção revelas vil insano!


Se não me sei em ti, nem mais me sei sozinha...
Se não me tens em ti, nos teus lençóis não deito;
se não me tens amor, não mais te quero abrigo!

Vulcão em dor-jasmim, tristonho o verso aninha...

Se em sonhos amanhei vestal que chora ao leito,
minha altivez é vã... sou nada... e em ti prossigo!

Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 11 de novembro de 2008 - 21h44
Fundo musical: Como é grande o meu amor por você. Instrumental
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 28/03/2012
Reeditado em 12/06/2016
Código do texto: T3581603
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