AGONIA PROFÉTICA
Se rasgando no rosto, o pranto pende,
enrugando no olhar da flor sem vida!
Minha roupa de mágoa preenchida...
Inundada de ânsia a alma fende...
Minha face tal choro não entende...
Um espanto do ego é-me guarida...
Estou vivo? O espelho já duvida,
de pavor se encolhe, se ofende!
Tanta dor na batalha já me vence
nos eternos mergulhos do suspense!
Fui oásis e hoje sou deserto...
Suicida eu sou ao céu do monte!
Me arrependo ao ver o horizonte...
Vejo assim minha morte tão de perto!