Saudades de uma certa Marisa
Arde, ainda, dentro do peito um sentimento.
Bruxaria, magia ou feitiçaria?
Atando o corpo, que se imobiliza.
Transformando o mar da vida um tormento.
A alegria, de outrora, esvazia.
Na imaginação indestrutível do pensamento.
Corroída ausência, presença do sofrimento.
Escorre. Lacrimeja. Cristaliza.
Do relento, vivo de cada momento.
Ao horizonte, flores e maresia.
Trazidas nos braços do meigo vento.
No corpo, o tocar de uma conhecida brisa.
É fim de tarde, não do tempo.
Sinto e lembro-me, de uma certa Marisa.