QUE ENLOUQUEÇA OU FENEÇA
Monstros povoam os meus sonhos,
Horríveis criaturas vindas do nada,
Olham para mim com olhos risonhos
Como se a conquista fosse esperada.
Que enlouqueça ou feneça a minha dor,
Não existe nada vivo aqui deste lado,
É como acordar subitamente de um torpor
E ficar para todo o sempre enjaulado.
Procuro a coragem e a sanidade em mim,
Vou buscar o que me resta à minha alma,
Soçobrei, caí, mas levantei-me no fim.
Incólume passeei meus pés pelas brasas,
Caminhei ciente e com toda a calma,
Onde o prumo das janelas são mais rasas.
Jorge Humberto
22/01/07