NOITE FUNESTA
Um pasmo branco surge em minha frente,
a lua em verso clama à chuva fria,
a noite escura chora pelo dia,
a planta em uivos gela-se dormente!
Cães solitários bradam tristemente,
vozes do ocaso rogam na agonia,
meu coração em susto se atrofia,
o céu se envolve em trevas cruelmente!
Horrorizado, em grande apreensão,
na serenata infausta do trovão,
um vulto súbito ainda me molesta!
Uma coruja o augúrio vocaliza...
Tanto terror na alma imobiliza...
Eu sou em vida a tal noite funesta!