ILUSÃO

Esta ilusão que de mim se desprende,

Tem resquícios de um passado nada

Remoto, algo que já não me prende,

Pretérito maléfico, onde arreada

Estava a minha existência sem algo de útil.

Agora sou eu mais eu, e não deixo

Que a minha vida retorne a algo de fútil,

E assim está bem e não me queixo.

Por mais de uma vez vi os olhos da morte,

Revivi toda as agruras, sobrevivi,

E tenho como meu altíssimo norte

Fazer da minha vida algo de extraordinário,

Que me leve a suportar as vidas que vivi,

Como alguma coisa de ordinário.

Jorge Humberto

22/01/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 22/01/2007
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