REFLEXO INTERIOR
Desta abertura eu vejo o meu inferno
e observo a vida enviesada...
Como leitor da dor mais aguçada
no horizonte em mágoa eu me alterno!
Ornado em medo à vida eu me prosterno...
Espalho a esmo a cor extravasada
da alvorada em folha desossada
e no terror sozinho eu me hiberno!
Como domar o ocaso em precipício?
Como fugir dos cacos do passado?
Como expelir lembrança que persiste?
A minha vida em chamas tem o ofício!
Da noite em dor meu grito é abafado!
O meu amor no espelho a mim resiste!