OURO DE TOLOS

Refulge da pedra intrínseco brilho

Antevendo surge do fundo da terra

Alucina assim a ponto de ser guerra

Arranca do seio d'uma mãe, ao filho

Nem tudo que brilha é sublime ou fascínio

Tudo que fascina nem sempre é tesouro

Nem sempre é a glória do brilho do ouro

Mas está fadado ao destroço, ao declínio

O brilho barato da grande devassa

A pedra que brilha baratina e mata

Do lícito ao lixo, do vício à desgraça

O brilho é sublime fascina e engana

Refulgente engano que surgiu na terra

O ouro de tolos tesouro de pedra.

(Idal Coutinho)

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 09/03/2012
Código do texto: T3544262
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