A BARLAVENTO

Aqui, nesta pedra, onde me sento,

Com as árvores por detrás de mim,

Vejo as caravelas a barlavento,

Do mar ao largo nas águas sem fim.

Nas suas águas profundas um vento

Acorda-me deste torpor, assim,

Como num sonho pleno de alento,

E vejo as róseas flores e o jasmim,

Florescerem junto à pedra arreada.

Movo-me um pouco, são só montanhas,

Bem ao longe junto à enseada.

Mas tudo isto é idílico e é chamada

Terra dos sonhos, onde caem castanhas

E outra fruta à espera de ser apanhada.

Jorge Humberto

19/01/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 19/01/2007
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