É VER PARA CRER
De tudo que vi saberei descrever
Porém nada vi, nada sou nada sei
Sou pó que só pode e poeira serei
Sereno serôdio mas estou pra ver
Eu já vi de tudo, e de tanto querer
Eu acabei crendo inda que sem ver
Mas se é a maneira de a fé exercer
No olho da fé poderei conhecer
Pintaram, bordaram esculpiram também
Aquilo que não se mostrou pra ninguém
Porém ninguém sabe, porém ninguém tem
Se bem que se tente em querer compreender
No intento em tentar-nos buscar entender
No entanto não temos tamanho poder.
(Idal Coutinho)