Por quê?

Por que se pôs meu sol de primavera?

Por que frustraram-se os amores?

Por que vieram-me os temores?

Por que do nada suscitou-se a guerra?

Por que de novo me viera

Os mesmos tétricos pavores?

As mesmas incuráveis dores?

Os mesmos medos que eu tivera?

Por que estes falsos vis demônios

Fizeram-me desvanecer?

Lúgubres, fantasmas medonhos,

Tornaram a aparecer!

Murcharam as rosas dos meus sonhos,

Outra vez meu Deus, por quê?

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Em: Diário de um seminarista

Wellington Varjão Poeta
Enviado por Wellington Varjão Poeta em 14/02/2012
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