Dezessete

Fiques calma, minha flor, não te aflijas

Se se achega a tempestade na tardinha,

Pois o sol logo brilha e já não tarda

E o orvalho o consolo te aninha

Não, não chores se a pétala se cai,

Foram duas, mas que são a alegria

Separam-se de ti e tu te perdes

Esqueceste que este dia chegaria...

Após dezessete teus suspiros

Tu não penses como tempo que se passa,

Mas a doce convivência nestes risos

E por fim saibas que, em cada taça,

Um ano a te amar, mais que respingos,

Tens pra sempre minha mão que te enlaça...