"BABILÔNIA"

Golpe de vesanos, visceral profundo

Na fumaça negra a inebriada empáfia

Miríficas torres d'uma Babilônia

Na grande alameda, esquina do mundo

Caiu, caiu grande transatlântico

Com seu poderio, tesouros valores

Sua luxaria, cassinos motores

Gigante prostrado, um naufrago languido

Ouçamos de insanos ecléticos loucos

Das fenda, cavernas palácios de mármore

Fuzis e turbantes seus sutras e mantras

De mantos e burcas, e buscam e buscam

Procuram a esmo redimir a culpa

E matam e matam numa guerra santa.

(Idal Coutinho 2012)

IDAL COUTINHO
Enviado por IDAL COUTINHO em 24/01/2012
Código do texto: T3458293
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