"BABILÔNIA"
Golpe de vesanos, visceral profundo
Na fumaça negra a inebriada empáfia
Miríficas torres d'uma Babilônia
Na grande alameda, esquina do mundo
Caiu, caiu grande transatlântico
Com seu poderio, tesouros valores
Sua luxaria, cassinos motores
Gigante prostrado, um naufrago languido
Ouçamos de insanos ecléticos loucos
Das fenda, cavernas palácios de mármore
Fuzis e turbantes seus sutras e mantras
De mantos e burcas, e buscam e buscam
Procuram a esmo redimir a culpa
E matam e matam numa guerra santa.
(Idal Coutinho 2012)