DESPEDIDA DE VERSOS E DE AMOR

Na madrugada daquela rima brilhante,

pro teu rubor adormecido no meu sonho,

surdo aos conselhos pra te ouvir me disponho...

Teu destoar me causa um mal arrepiante!

Perco o rumo ante o teu falar medonho,

sem ver escolha, embriagado, dissonante,

gero um soneto ao teu grito alucinante

e logo o perco... A culpa é tua, suponho!

Ante teu rosto de beleza imensurável

meu coração pesado em dor, no mal banido,

no peito ar pouco, no silêncio a voz calada...

Minha ação pra reagir é vulnerável...

Pra suportar-te as brigas sou desprevenido!

Perdes os versos e a mim, alma gelada!