AINDA AQUI ESTOU!
Mandem-me a escuridão de volta
Tirem-me todos os deuses e profetas
Caia aos infernos em reviravoltas
Cravem-me a carne de férreas setas
Eu nasci no deserto sem deus
O diabo anda à solta feito homem
Ofereço-lhe todos os meus eus
E as carnes que me consomem
Não tenho mais medo da escuridão
Sou eu mais eu a sós e comigo
Quem dera, o dia, da comunhão!
Vem, aproxima-te, ó destemido!
Que eu não mais voltarei contigo
Teu nome não voltará a ser temido.
Jorge Humberto
11/01/07