PORTAL ALMÁTICO

Na campina sombria da incerteza

o meu cume é sereno e se abrindo

num abismo imenso, um sonho findo...

Belos raios prostrados em tristeza!

Destilando amargura em correnteza

que se vasa em folhagem seca, rindo,

do sombrio pesar... Luto atingindo

arrepios corados da frieza!

No impacto de aurora reluzente

me ofusco na etérea mão nascente

do portal de terror em minha estampa...

O meu sonho se estampa embriagado

no azul raso, vago atordoado

da mazela noturna que me acampa!