SONETO DA SAUDADE

A saudade não mata!... Apenas faz estragos

Nas ramas da poesia que se faz presente

E, a cada primavera inventa novos lagos

Para abrigar as lágrimas do tempo ausente

A saudade é a esperança de beijos e afagos

A língua do silencio no olhar de um repente

Carícia da paixão que sorvemos aos tragos

Para dizer que o amor é doce, tinto e urgente.

Quão rico é o paladar de vinte e tantos anos

A rosa, a serenata, o vinho das adegas

E o brilho do poema em versos soberanos.

Saudade é qual as notas tristes de um piano

Um dedo de palavra ao tempo das entregas

O vento que balança as águas do oceano.

Nathan de Castro

Madalena Gomes e Nathan de Castro
Enviado por Madalena Gomes em 07/01/2012
Código do texto: T3427702
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