A saudade não mata!... Apenas faz estragos
Nas ramas da poesia que se faz presente
E, a cada primavera inventa novos lagos
Para abrigar as lágrimas do tempo ausente
A saudade é a esperança de beijos e afagos
A língua do silencio no olhar de um repente
Carícia da paixão que sorvemos aos tragos
Para dizer que o amor é doce, tinto e urgente.
Quão rico é o paladar de vinte e tantos anos
A rosa, a serenata, o vinho das adegas
E o brilho do poema em versos soberanos.
Saudade é qual as notas tristes de um piano
Um dedo de palavra ao tempo das entregas
O vento que balança as águas do oceano.
Nathan de Castro