TORMENTA NO EGO
Interminável riso em triste agrura
do inútil verme, em cobra vagamente
embala mágoa, câncer, sepultura
no vulto assombrado... Eu demente!
Da horrenda vida, à face da figura,
se encanta a sombra má da louca mente!
O fim já busca da alma a escultura?
Na carne queimam vermes lentamente!
No degredo pustuloso dor e sangue...
Na mortal penumbra amarga doce langue!
No meu choro o regaço que me imole...
A loucura em solidão jaz derretida...
Vejo o ciclo do inferno, a fuga a vida...
Pó de crânio em punhados é meu gole!