FUGINDO DO SEPULCRO
Pelo rastro da cruz na encruzilhada
meu passado se mescla em teu futuro
produzindo um silencio de apuro
na prisão do meu ser... A alma ilhada.
Já se eleva em meu ser a gargalhada
do tormento em lamúria... Ego escuro!
Minha alma se imersa num monturo
aos pedaços de cinzas, retalhada.
O meu corpo inerte, apavorado
na madeira rachada ainda desponta
a fagulha de luz na agonia...
No sufoco da cova, sepultado,
no caixão que desperto, me dou conta:
Tenho vermes de morte em companhia.