ALMA EVAPORADA
A minha alma que estima a sepultura
com um polo de susto reina ainda
numa torre escrita e terna, vinda
do rigor do meu ego em má tristura!
Naveguei no princípio da ternura
e nos versos do rasgo foi-se finda
a centelha de amor na dor infinda
que envolta em segredos me tortura!
Em minha água de dor está presente
uma boca de males, que ausente
da paixão vil, profana e imolada...
Se dissolve na nuca do meu medo
o teatro dos males, do enredo
numa dança de alma evaporada!