AMÁLGAMA ANÁTEMA
Dentro em mim há sentidos arbitrários
que são feitos do belo e de maldade:
Ódio junto de amor, na eternidade
numa oferta dos meus gostos contrários!
Meu espírito e alma, solitários,
como vestes de tal calamidade
pois com ódio eu sou todo bondade,
com o amor: um milhão de sanguinários!
Meu amor quer da morte o prenúncio...
O meu ódio deseja o anúncio...
Um ao outro completa e se ajuda...
Com o ódio a desejo abraça-la!
Com o amor eu só quero esquarteja-la...
Eu insisto mas isso nunca muda!