MANEQUIM
Minha vida é a vida dum instante!
Uma vida vivida sem memória...
Dentro em mim sou um preso sem história!
Só tem dor e saudade... Isso é constante!
Vejo a vida lá fora radiante...
Minha vida é riscada e tão inglória!
Sonho passos sorrindo em trajetória
e o que sinto é de mágoa flutuante!
No meu lábio fingido há um sorriso...
No meu rosto de afago é que preciso!
O meu mal se transforma num espetáculo!
Minha roupa se enxarca de amargura...
Minha vida se acaba em desventura
como a bolha que encontra um obstáculo!