O VELHO SENTADO
Num vão de escadas sentado
Um homem bebia algo quente
Por sobre o chão sagrado
O murmúrio tornara-se silente.
Pessoas passavam para cá
E para lá, agasalhava-se
O velho homem com aquilo que há
E assim aprumava-se.
Os candeeiros largavam as suas
Luzes, e o velho resplandecia
Não eram dele eram as tuas
Reminiscências dum passado inútil
Que faz de ti uma alvenaria
De qualquer coisa fútil.
Jorge Humberto
06/01/07