O VELHO SENTADO

Num vão de escadas sentado

Um homem bebia algo quente

Por sobre o chão sagrado

O murmúrio tornara-se silente.

Pessoas passavam para cá

E para lá, agasalhava-se

O velho homem com aquilo que há

E assim aprumava-se.

Os candeeiros largavam as suas

Luzes, e o velho resplandecia

Não eram dele eram as tuas

Reminiscências dum passado inútil

Que faz de ti uma alvenaria

De qualquer coisa fútil.

Jorge Humberto

06/01/07

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 06/01/2007
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