MINHA RAINHA
Ela é mais que um rio em desespero,
uma nave sem ruma na estrada,
ela é no inverso a voz calada,
tudo nela se faz em exagero!
Sua boca aberta é mal inteiro,
é um elo que une tudo ao nada,
sua voz estridente trovoada,
noite escura num dia altaneiro...
Ela é fome, ela sede no deserto...
Ela suga do peito o ego aberto...
Ela é ponte quebrada, o fim da linha!
Ela é lua que falta romantismo,
empurrão que me lança no abismo...
Mesmo assim quero tê-la por rainha!