SEM SONHO
Enganei-me em pensar que tinha sonhos!
Se já tive se foram de minha alma!
Sei, apenas, meu sonho é esse trauma
que em dor faz os meus versos tão risonhos!
Mas eu sei porquê são, assim, tristonhos:
submersos em palavras tão sem alma,
um cativo de dor sem paz, sem calma
convivendo em meus mundos tão medonhos...
Foi-se embora meu sonho tão disperso
me deixando um pensar tão controverso
sem se quer o prazer das fantasias...
Mas não tinha em mim como eles viverem
sem nas mágoas, nas dores se espremerem...
Mas agora as entranhas estão vazias!