AOS SUICIDAS, MÓRBIDOS E AFINS

Puxe fundo o ar aos pulmões

Nadando rumo ao afogamento

Mergulhando de altos aviões

Esfacelando-se no pavimento.

Respire o ar das áreas densas

Com a brânquia que não há

Breu de energias muito tensas

Abaixo da última entupida pá.

Garganta apertada, dado o nó

Faltar-lhe-á forças para o gole

Desejará o macio, o fofo e mole

Trago de alegria - e não o pó!

Verá como a terra lhe engole

E o verme bruto não tem dó!

Edvaldo Pereira dos Campos Netto
Enviado por Edvaldo Pereira dos Campos Netto em 21/11/2011
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