Sou o eu obscuro, oculto e invisível daquele que se abriga. Sou a rima, a prosa e a métrica dos sentimentos de um espírito bom, porém imperfeito. Estou no lado da lua que não se pode assistir, onde o frio não é agasalhado, o escuro é mais negro do que a sombra. Sou poeta, apenas!
--------------------
PRÓLOGO
O que contém nesta obra
É fruto de muita imaginação
Ideia inteira ou a sobra
Dos cacos da ilusão.
Contém aqui algo real
Como belas borboletas
Lua sempre cheia e leal
A iluminar umas falsetas.
Poeta pintando poesia
Maquilando o verde olhar
Com o blanche sério da ironia
Sem as lágrimas lhe borrar.
Há papel, há tinta e há fogo
Muita mentira e alguma razão
Mudança na regra do jogo
E jogadores sem competição.
Àquele que não sabe e não viu
Fica desde já a advertência
Que o poeta de si fugiu
E agora é a sua consciência.
Ciente que então está
Parta à página futura
Viaje agora, desde já:
Boas lágrimas, boa leitura!