POEMA: DO PÓ AO PÓ
Escrevi poemas para quase tudo
(bucolismo intrínseco e acirrado)
Versei as matas, aves, fui agudo
Tratei dos céus e do meu passado.
Formei versos de rima metrificada
Para nuvens, lua e um namorado
Quieto, amuado, à lágrima atuada
Caída levemente em meu versado.
Escrevi para isso e o outro aquele
Às revoadas de seres lindos e alados
Saídos do papel, ou grafados na pele
Doei a dor ao papel (nos dois lados)
E sorri magnanimamente para ele.
Hoje somos ácaros em resmas, fardos...