MOLDE CRUEL
Meu amor cego a chama num sigilo...
Tine o peito... Esta noite é tão escura!
Um tom brado e aflito há na loucura...
Sofre o peito e eu não posso impedi-lo!
Minha alma não passa de um asilo,
sem ter paz, sem ter vida, sem doçura!
Esta dor tão intensa visa a cura...
Seu carinho careço pra cingi-lo...
Ela entrou se moldando em minha alma
e este ato terrível fez-se em trauma...
Noutro amor jamais poderei conter-me!
Esta pena tão má a mim imposta
faz ceder o meu ego, eis a proposta:
Ao inferno é preciso inscrever-me...