DESALENTO MALDITO
Procurando nos vales não te vejo!
Minha dor é tão grande! Não te importas?
Por que fechas pra mim as tuas portas!
De carinho eu quero o teu sobejo!
Minha vida e minha alma estão tão mortas!
O meu peito não sabe o que é arejo!
Outro amor eu não quero e nem desejo
outro corpo, pois só tu me confortas!
Tua ausência pungente me apavora!
Esta rude paixão fere e devora,
desbarata em soluços meu sossego!
Minha dor é teu riso... Belo coro
faz tua alma ter gozo ante o meu choro...
Sou maldito por ter-te tanto apego!