ROTINA
Acordo, muito sem graça.
Tomo café preto e forte.
Meu desejo também é forte,
Mas se perde no banho, feito fumaça.
Ligo o computador,
Faço um poema,
Nem penso no amor,
Pra refresco da alma.
Lá fora, a rotina me aguarda:
Deveres, clientes, processos.
Essa é, enfim, a vida:
Nada do jeito que se deseja,
Uma infinidade de descaminhos,
Chata feito dupla sertaneja.
- por JL Semeador, em 24/10/2011, na Lapa, onde a segunda-feira é horrivelmente chata, como em qualquer outro lugar –