O LIVRO DA MINHA ALMA
Em minha alma há um livro e eu conheço
cada página e o mal que ele compõe...
Meu olhar é a vitrine que o expõe
afogado no pranto em que padeço...
Ele auto se escreve, é alto o preço...
Seu juízo à vontade ele me impõe...
Toda minha emoção se predispõe
a ajudá-lo no mal que eu aborreço!
Mas sobrou-me por sorte o intelecto
que atentando-se à voz da consciência
não se deixa assombrar na agitação!
Ele sempre sisudo e circunspecto,
me protege a razão com eficiência,
mas não pode amparar meu coração.