DESCENDO A SERRA
No silêncio da noite em mórbido escuro
um elevado terror se agita em mim...
O alvoroço do mato em seu clarim
faz com a chuva um romance obscuro!
Nessa marcha tirânica, humilhante
sou artista na arte de sofrer...
Como anseia, minha alma, o alvorecer
desta página em meu livro ofegante!
De repente um grande estrupício!
Um tumulto á frente me apavora...
Um alarde mistura-se ao meu medo!
Um relâmpago faz-me ver o meu suplício:
um cavalo sedento de aurora
surge branco em meio ao arvoredo!