Primavera em mim Outono
Sou fêmea sacrossanta, a flor mais perfumada
e a primavera em mim desfaz qualquer degredo.
Renasço ao teu fervor, sou canto em passarada
a revoar sem dor as uvas de um vinhedo.
A minha essência estrela é bela e aveludada,
reluz por toda a luz - do céu guarda o segredo.
Chopin Tristesse em mim refaz em namorada
um sem igual de amor, ao qual sorrindo cedo.
Do verso que soletra a boca em tom lascivo
mergulho meu desejo e sorvo o sentimento.
Que banho sensual - sentir tão abusivo!
Outono em teu abraço é sonho e poesia,
sussurro ritmado, alcanço meu intento.
Das letras, meu prazer - és macho-fantasia!
Rio de Janeiro, 6 de outubro de 2011 – 5h28