Soneto de Singeleza

Oculta meus olhos tua face singela

E em alva blusa te vestes infinda

Não sei o que és, beleza tão dela

Ou se, por tão simples, encontra-se linda?

Um douro colar, joia ofuscada

Na pele dourada, em vão escondida

Estás tu, amada, ó minha donzela

E por meigo brilho, tu és minha cela

Por onde me prendo, enfim, e transpiro

Que por escrever-te te perco sozinha

Mas fico contigo, onde me inspiro...

Apenas te vejo em cada suspiro

E em teu sorriso te encontro tão minha,

Tu és a estrela, o ar que respiro...