EM VÃO!

Não lamente o leite derramado;

no fogão há cinzas, rosa tem espinho;

no anoitecer sempre amargurado

até o ébrio encontra seu caminho;

Desculpo-me dizendo: “todos erram”.

Onde encontro razão para pensar?

Essas faltas na vida me emperram!

Como posso tais teimas compensar?

Os amigos traíram o meu senso...

Minha culpa não culpa o defensor,

dou-me à alma ladra e rancorosa!

Na labuta não sei se o ódio é tenso

E me recuso a ouvir-me, agressor:

Minha mente tão cálida e desditosa.