MINHA ALMA
A visão não adentra a minha alma...
Se a visses tão rubra, saberias...
Não há neve nem música, brilho ou calma...
Não há água, conforto ou iguarias!
Preto é o breu e azul é o lindo céu...
Tudo em cor suaviza: a face iguala...
Não há cheiro ou beleza, isso é cruel!
No meu peito sofrido a dor exala!
Eu não gosto de ouvi-la quando grita...
Teu silêncio me cobra um preço caro...
Sempre a vejo querer fugir de mim!
Tu te ausentas pra onde, tão aflita?
Já espero ser livre num disparo...
Não importa ser vivo ou morto, enfim!