"AMOR, A PALAVRA DOUTA"
Tange-me a dor da saudade, meu peito incendeia
Como fogo, lágrimas me escorrem a face
Os lençóis de cetim lembram ainda a última “ceia”
Carícias trocadas resolvem de vez o impasse
O céu é o limite, nuvens, sonhos, ilustrações
Para purgar o íntimo, sem nenhum pudor
A mãos nas coxas, deslizando pela anatomia
Falando dos desejos e prometendo muito amor
Causa maior, sendo, amar sem ser amado
Cuja mente, esnobe e sem sentimento
Coração duro, insensível, difícil de ser quebrado
Na verdade, quebra geral, na palavra douta
Pois que, a dor pela dor, sofre mais amiúde
Parar de falar, o ideal, travar a língua solta
RENÉ CAMBRAIA