"AMOR, A PALAVRA DOUTA"

Tange-me a dor da saudade, meu peito incendeia

Como fogo, lágrimas me escorrem a face

Os lençóis de cetim lembram ainda a última “ceia”

Carícias trocadas resolvem de vez o impasse

O céu é o limite, nuvens, sonhos, ilustrações

Para purgar o íntimo, sem nenhum pudor

A mãos nas coxas, deslizando pela anatomia

Falando dos desejos e prometendo muito amor

Causa maior, sendo, amar sem ser amado

Cuja mente, esnobe e sem sentimento

Coração duro, insensível, difícil de ser quebrado

Na verdade, quebra geral, na palavra douta

Pois que, a dor pela dor, sofre mais amiúde

Parar de falar, o ideal, travar a língua solta

RENÉ CAMBRAIA

René Cambraia
Enviado por René Cambraia em 20/09/2011
Código do texto: T3229945